quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"Senhoras e Senhores..."   "Amanhece, entardece, anoitece. O ciclo da vida se cumpre, magistralmente e impiedosamente. O vento delicadamente arranca da árvore a frágil folha que resiste a sua fúria. Seres terminam o ciclo vital. Seres começam o ciclo vital. Casamentos, separações. Construções. Lábios, línguas e  corpos se encontram. A chuva dança enquanto o sol rouba a cena em outro palco. Os humildes escandalizam. Os irônicos são escandalizados. Homens se descobrem em homens. Mulheres se descobrem em mulheres. O choro se mostra, ao esconder-se. Silêncio e ruídos se encontram e se separam. Ódio e paz andam juntos e divergem. Amor e morte mergulham no lago invisível que é o mistério da vida. E há livros, poetas e mercenários. Há indagações, com e sem respostas na rotação deste que é o mais complexo, imperfeito, compreensivo e grandiosos espetáculo. Amanhece, entardece e anoitece." Hothon Nemawashy

terça-feira, 31 de julho de 2012

"Questão de Essência"

"Risos soltos na noite. Corpos se cruzando nas avenidas dos desejos, loucos e realizáveis. Gozos de vontades silenciosas, que gritando, se mostram, inconfessáveis. Dois sonhos rasgados. Dois suaves e intensos susurros. Dois infantis e pornográficos gemidos. Dois estranhos se entregando. Duas crianças brincando. Dois amores distintos. Dois depravados inocentes. Dois fantasmas de si mesmos. Dois amigos. Do todo. Das tolices. Das artes. Das gafes. Seres nus de pele, usando por ventura, rostos e fantasias para se descobrirem, ou como disfarçes."

"Teu, Meu, Nosso"

"Do que eu tenho medo? Talvez de tudo, ou quem sabe de nada. Das ruas cheias de pessoas vazias. Dos corações vazios, cheios de futilidades. Da íra dos inocentes. Da justiça dos justiceiros. Dos muros altos, do podre, do disforme, das vertentes, das correntes. Do outro e principalmente de mim mesmo."

"Nos Bastidores....."

"Do que é feito o homem?! Talvez de sonhos, angústias, loucuras, dores e alegrias. Do que o homem sobrevive?! Provavelmente da esperança. Por que o homem se faz perguntas?! Por que ele se tornou escravo do questionamento. Por que o homem é podre? Ele se encontra num oásis de tudo e nada! Por que o homem é pobre? Escolhas infelizes. Por que o homem é rico? Ama, acertando e errando consigo mesmo e o próximo, mas luta vorazmente com o objetivo de acertar. Sua maior batalha é consigo mesmo. Por que o homem é homem? Ele se fez assim, mergulhado na atmosfera inominável ( e misteriosa ) do Criador. O homem é ator. O Criador é ator."

"O Verbo"

"Andei por ruas vazias de mim mesmo. Olhei nos olhos claros do silêncio. Calei ruídos inconfessávei de minha boca carente de beijos reais. Sonhei minha pele nua, recebendo a língua dos corpos naturais, deliciosos, e por vezes fatais. Me encontrei. Me perdi. Me achei."

"Sereno Amor dos Meus Sonhos"

"De repente, num dia que poderia ser qualquer, conheci você. O mero dia tornou-se especial. Quando te vi, me embriaguei com o brilho do teu olhar. Não poderia mais, por mais forte que eu fosse, resistir a você! Tua voz eram raios de sol que iluminavam meu dia, minha essência. Poucas vezes toquei tua pele. Meus olhos lambiam você, principalmente tuas mãos e teu sorriso. Minha alma, perdida em si mesma, te beijava em meus sonhos impossíveis. Me apaixonei e te amei na cama perfumada dos meus delírios."

"O Início do Tudo e do Nada"

" O que tu possuis? O que eu possuo? O que nos é comum? O que tu destrói. O que eu destruo. O que nos atormenta. O que tu buscas? O que eu busco? O que nós idealizamos? O que tu constrói. O que eu construo. Tudo que nos consome. Tudo que nos corrói. Eu e tu : Átomos em transformação. Seres de luz e trevas. Gotas mágicas do poder inominável da criação."

"Estrelas e Atos"

"O tempo é duro. O tempo é maleável. O tempo é inteiro, vazio na sua compreensão. Eu, ignoro-o. Transformo o imutável. Destransformo o transformável. Eu, me encontro perdido, na sua fantasia real de razão silenciosa. Somos cúmplices e desconhecidos deste fenômeno livre, mascarado de ruídos."

"O Tudo"

"O que resta ao homem?! Luzes distantes e o crepúsculo. Os ventos ao lamberem o sexo. Uma turva agonia e urgência em gozo, rápido, farto e eterno de ser feliz. O silêncio que corta, que enrosca, que sufoca seus gritos. O ruído que desnuda, que transcede as paredes do corpo, seus singelos gemidos. A solidão das madrugadas frias, que se intensifica, seja noite ou seja dia. Medos mascarados com peles invisíves. E o tempo impassível a tocar-lhe o coração e a mente, de forma suave, doce e acidamente angustiante. O que resta ao homem?! O seu tudo, vestido de nada!" Hothon Nemawashy

terça-feira, 19 de junho de 2012

"O Ato"

'Movimento: circunstância evolutiva das existências, vazias ou gritantes. Poesia: pele rasgada da palavra, fratura exposta de cabeças pensantes."

"Deslírios"

"Sinto o sonho pulsar na volúpia da noite e se tornar realidade nas paredes do meu desejo. Abro-me e deixo a fantasia entrar. Corpos. Delírios. Afetos. Sorrisos. Silêncios. Gritos. Fecho-me a ignorãncia. Ao atraso. Ao enfado. A sutil comodidade do fracasso. Do descaso comigo mesmo."

"Absoluta"

"Os tolos buscam uma verdade absoluta que não há. O que existe é um aprendizado absoluto, constante."

"Descobertas"

"Sobrevoo pegadas de um ser invisível com asas imaginárias, e vejo-lhe a face no espelho de Hidra. Caminho por estradas onde não possuo nada mais que a razão de desconhecer-me, neste mundo que mostra-se, escondendo-se."

"O que é Evolução Humanística?!"

"É o aprimoramento, a tranformação do real significado do poder da criação." 

"O que é Felicidade?!"

"Ser que percorre o ato lascivo da liberdade compartilhada ou solitária dos mundos internos e externos."

"O Início do Tudo e do Nada"

"O que tu possuis? O que eu possuo? O que nos é comum? O que tu destrói. O que eu destruo. O que nos atormenta. O que tu buscas? O que eu busco? O que nós idealizamos? O que tu constrói. O que eu construo. Tudo que nos consome. Tudo que nos corrói. Eu e Tu: átomos em transformação. Seres de luz e trevas. Gotas mágicas do poder inominável da criação."  

"Me Penetra e Foge"

"Não sinto o momento exato de pegar o tempo e segurá-lo entre meus dedos. Ele insiste em flutuar e fugir por entre minhas mágicas e vividas mãos. Subitamente ele me arrebata, os sentidos e emoções de forma nua, crua, doce e sensual. Nos gritos ou nos vários silêncios que se mostram e se escondem, o pulsar de sua existência me envolve. me penetra na sutil linguagem da transformação, por entre cabeça, pés, alma e coração."